Um pouco mais sobre ''Elegância'' - Por Martha Medeiros, um texto que vale muito a pena ser lido!

No post de hoje, vamos, conhecer ainda mais ''Elegância'' agora em um texto da escritora Martha Medeiros. Nas palavras dela, podemos perceber que reforma muito o que sempre falo aqui no ‘’Por Dentro da Moda’’, que a elegância, estilo e estar na moda, consiste em pequenos detalhes que tem total relação com o comportamento, entre valores que não se tem dinheiro que pagam. O que adianta ter um bom lugar para viver se não tiver amigos para compartilhar momentos de alegrias, o mesmo se tem haver em ter uma super roupa e não saber se comportar quando usar.


‘’Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: A elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante. É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição. Sobrenome, joias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza. Atitudes gentis, falam mais que mil imagens. Abrir a porta para alguém. É muito elegante. Dar o lugar para alguém sentar. É muito elegante. Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma. Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação, mas tentar imita-la é improdutiva.  A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.’’
(Martha Medeiros)

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